sábado, 29 de novembro de 2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O que nos mata são as saudades

Sempre.

Que um dia sem alguém que amamos parece uma eternidade. E ninguém substitui outra pessoa. Para quem ainda não reparou, este semestre tem sido uma bela merda. Quase todos os meus amigos estão de Erasmus e os poucos que cá ficaram mal põem o cú na faculdade. Já não há jantares, nem gargalhadas, nem conversas na esplanada sobre tudo e/ou sobre coisa nenhuma. Já não há vontade de ir à faculdade sequer. Porque não está lá pessoa alguma. Não vale a pena, portanto. E este dia dura já há 3 meses (mais que isso, até, se contarmos com as férias do Verão). O pior é que daqui a outros 3 vou eu embora, sem ter tempo de vos sentir ao meu lado de novo. Tenho saudades vossas e do mundo que construíamos a cada dia que passava. Tenho mesmo... Tantas tantas, que nunca caberiam no que sei ou consigo escrever aqui, nem sequer no que vos direi quando voltarem... Talvez apenas caiba nos abraços que vos fiquei a dever, para que voltassem um dia. Ou, se calhar, nem aí, que os meus braços são pequeninos, como eu...


segunda-feira, 24 de novembro de 2008


A fingir que o amor é um conto de fadas, príncipes e princesas que vivem felizes para sempre, mas nunca no mesmo prédio.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Canção #1

"Quando te apressas
E me confessas
Que está na hora,
Eu não te digo
Que é um castigo
Ver-te ir embora.

Finjo que a dor
Que sei de cor
Pouco me importa.
Mas, mal me deixas,
Sinto que fechas
Para sempre a porta.

Vem, não te atrases.
O que fazes
Sem mim, a esta hora?
Volta para os meus braços,
Eu já esperei demais.
Vem, não te atrases,
Eu perdoo-te a demora.
Se morares nos meus abraços
E nunca mais me deixares.

Quando tu partes,
Faltam-me as artes
Para te prender.
Mas, se não estás,
Não sou capaz
De adormecer.

Acendo estrelas
Pelas janelas
Da casa fria.
Mas, se não chegas,
Sinto-me às cegas
Até ser dia..."

Carlos do Carmo
(poema de Maria do Rosário Pedreira)

domingo, 16 de novembro de 2008

Parêntesis

O que aqui vai crescendo é da tua responsabilidade. Quando os sonhos deixarem de o ser, vão ficar pendurados no frigorífico, junto aos desenhos dos miúdos. Na lista de compras falta sempre qualquer coisa, mesmo que em casa não falte nada. As viagens ao supermercado são sempre motivo de festa: medem-se os desejos de um e de outro, à espera que batam certo. Pousam-se os sacos no chão, cheios de ternura e vontade, e conta-se o dinheiro que sobrou. Podemos ir jantar fora hoje, é melhor aproveitarmos. (Veste o casaco que está frio. Vá lá, agasalha-te bem, que não quero cá constipações.) O elevador volta vazio, para que só roubemos espaço ao ar. Na rua, a chuva já se calou, mas tu abraças-me para que nem a mais ínfima gota nos separe. (Anda cá, que tenho saudades tuas.) O restaurante é pequeno, feito à medida do nosso bolso. A luz é amarela e pesada, mas aquele calor aproxima-nos do futuro. (Gosto do teu sorriso assim feliz.) Os dedos entrelaçados em cima da mesa, como antigamente, derretem o que ainda me resta de sobriedade. (Quero ficar contigo.) Da doçura que há em ti transbordam recortes e fotografias de momentos que ainda não existiram. Deixas-me escolher a pizza e a sobremesa, correndo riscos desnecessários, e fazes-me acreditar que o amor ainda é possível. Para sempre, como sempre vimos, de olhos fechados, enquanto dormíamos.

sábado, 15 de novembro de 2008

Jamendas? Jamendo!

Esta semana, o Marca Branca faz uma viagem à web 2.0 e mergulha no Jamendo. São 57 minutos de música retirados unicamente da rede social do netaudio por excelência. Do reggae ao industrial, visitam-se vários estilos de música, para mostrar aos demais a riqueza da plataforma. Louva-se a tentativa de querer mostrar 13000 albuns em tão pouco tempo e deixa-se o convite para uma submersão a fundo no Oceano Jamendo.






Marca Branca, domingo às 21 horas, na Rádio Zero.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Das borbulhas e das asneiras - As Crises de Idade

Tenho uma borbulha na orelha direita. Não sei porquê, mas tenho. Irrita-me e dói-me, merda. Odeio borbulhas. Odeio borbulhas por nunca mais me livrar delas e continuar com cara de adolescente de 15 anos "ad eternum". Não que me chateie o facto de parecer ter 15 anos, não. Isso é sinal que estou bem conservada, pelo que, quando tiver 60 anos, a julgar pelo andar da carruagem, aparentarei 24, o que é uma boa média. (Sim, sim, é nesta parte que se roem de inveja.) Mas, convenhamos, as borbulhas são nojentas. Nem todas doem, nem todas são vermelhas e nem todas têm pus. Ainda assim, são nojentas e estragam a parca beleza da minha pessoa. Que eu até nem sou propriamente feia, mas assim torna-se tudo mais difícil, right?

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Para quem não reparou, também o post anterior (não o do Chrome, o outro antes desse) continha a palavra "Merda". Confesso que quando postei ponderei, efectivamente, sobre a necessidade de colocar a tal bolinha vermelha no canto superior direito deste blog. No entanto, se nos Morangos Com Açúcar podem dizer merda (estou a falar literalmente - eles já usaram a palavra), e de certeza que há muito mais criancinhas a ver aquilo, achei que também estava no meu direito. Na verdade, só me queria sentir crescida. Deve ser da merda das borbulhas, que teima em manter-se intacta na minha cara. (Again? Merda...)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

[radiozero > Telex] 10 de Novembro: O Avião

Já toda a gente dorme por aqui. Ressonam tranquilamente, na esperança de não sentirem o avião cair. De olhos fechados e cérebro desligado as probabilidades de isso acontecer aumentam exponencialmente, têm razão. Se calhar, devia fazer o mesmo, mas não tenho sono. Não me apetece fingir que isto não está a cair só porque tenho uma miniatura do que se pode chamar medo. Ah! Quero estar acordada quando nos espetarmos! Quando tudo for estilhaços e ruído, eu quero ser a primeira a sentir que a existência acaba ali no caos.

BUM!

Aterrámos, sãos e salvos. Merda!...

domingo, 2 de novembro de 2008

Marca Branca e O Mistério dos Samples Aparecidos

- A verdade é que não sei como é que estes samples vieram aqui parar. Não é suposto: eles não são livres.
- Ora essa! Elementar, meu caro Watson! O que é bom é para ser usado. Louvados sejam os samplers e essa sua mania de esconderem à vista de todos o que lhe é alheio!


Esta semana, o Marca Branca regressa aos miminhos para os ouvintes. Numa sessão quase improvisada, visitam-se pérolas do netaudio recheadas de samples (autorizados, ou talvez não) de obras com todos os direitos reservados. Os Creative Commons foram invadidos por pedaços de Copyright e o resultado é altamente recomendável. Para ouvir com atenção, enquanto se visita o blog.



(Imagem da autoria de eny-one)


Marca Branca, domingos pelas 21 horas na Rádio Zero.