segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Festival NetaudioLX - Call For Entries

O primeiro festival de netaudio de Lisboa, com financiamento aprovado ao abrigo do Orçamento Participativo da CML vai mesmo avançar. Assim sendo, o NetaudioLX tem data marcada para os dias 14, 15 e 16 de Abril de 2011 e terá lugar no Cinema S.Jorge.

O Call For Entries está, então, de pé. Enviem as vossas propostas para as várias modalidades até ao dia 20 de Janeiro.

Feira de Netaudio - deverá decorrer durante os vários dias de festival. Cada netlabel terá uma banca de exposição onde poderão mostrar o vosso catálogo, bem como vender merchandising - por exemplo. As ideias são infinitas e ficam ao agrado de cada um. Para garantirem o vosso lugar, deverão enviar um mail para netaudiolx [at] gmail.com , iniciando o subject com [Feira NetaudioLX]

Artistasserá assegurado um cachet, bem como as despesas de transportes e alimentação. A actuação será realizada numa das noites do evento, em palco misto: nacional e internacional. Enviem as vossas propostas através da Dropbox do festival no Soundcloud, ou via PearlTrees.

Papers, Conferências, Mesas Redondas, Workshops e Afins estas actividades deverão decorrer durante os vários dias do festival. As propostas devem ser enviadas para o mail netaudiolx [at] gmail.com , iniciando o subject com [OpenMic], ou submetidas através do PearlTrees.
Posto isto, fica o convite para se juntarem às páginas oficiais do Facebook e Twitter do NetaudioLX.


Boa sorte e bom trabalho!


domingo, 12 de dezembro de 2010

O Natal é ali

Havia sempre o peso do Outono e do Inverno. Quando a chuva chegava, os sonhos diluíam-se no cheiro da cidade molhada, mesmo que a vida sorrisse, e sabia que o Natal era já ali. Assim que o cimento e o alcatrão deixavam de ver o sol, não havia amor que conseguisse arrastar a melancolia para longe do meu quarto. Mas este ano parece que o Inverno ainda não aterrou por aqui. Mesmo quando são cinzentas, as nuvens nunca pesam mais do que algodão. Compro uma dúzia de castanhas bem assadas e volto a saltar nas poças sem medo de sujar a roupa. E o Natal continua a ser ali.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mudam-se os tempos...

Mudam-se as vontades. Que aquilo que precisamos afinal só depende do que vivemos antes e do que queremos viver depois. Os sonhos de sempre esborracham-se de novo na minha janela e dizem-me para acreditar, porque desta vez é que é a sério. Que as coincidências são muito mais do que o cérebro faz parecer. Simetrias que se desenham no tempo e no espaço e personalidades que se sabem ler.

Shiu...

Não é preciso dizer mais nada. Não há expectativas nem pressões. Uma garrafa de whisky, um jantar a dois e canções para a sobremesa. Ritmos e melodias. Texturas e notas que se encaixam umas nas outras como se estivessem apaixonadas. A menina dança? Sempre quis ter alguém que dançasse comigo. Falamos por cima da música, mesmo que a música fale por nós, para que não fique nada por dizer nos intervalos do som. A cabeça que se encosta no ombro, a mão na cintura/a mão no ombro e os dedos que se entrelaçam devagar. "Dançar é chamar corpo ao pensamento, é ir atrás do mar quando o mar vem atrás de nós..." Se quiseres, dançamos a noite toda. Se quiseres, dançamos a vida inteira.


É o se, é o se, é o se... é um encolher de ombros infinito... É mudar uma vírgula para fazermos uma frase nova...  


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Intermitente

E depois há aqueles dias intermitentes, em que o coração liga e desliga conforme lhe apetece. Quero percorrer esta estrada, mas tenho sempre medo do que ficou para trás. Não cometer os mesmo erros. As pessoas não são todas iguais. Era verdade. Era mentira. Agora, também já não interessa. Tomar um banho e esquecer que o cheiro do Outono traz sempre demasiadas recordações atreladas. Para a frente é o caminho.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fado

Eu e tu na voz de alguém que dobra as esquinas da poesia como se respirasse em verso. Já tinha saudades desta nossa paixão de olhos fechados e páginas por ler, do teu cheiro a noites de inverno e tardes de verão em Lisboa, do que fazes tremer cá dentro quando falas para mim. Andámos fugidios e desencontrados, mas apaixonei-me por ti outra vez. Duas vezes em simultâneo. Eu e tu, sozinhos, enquanto ressoas pelo meu quarto, com o volume no máximo. Ainda bem que voltaste a bater à minha porta, querido Fado.

domingo, 24 de outubro de 2010

Inspiração publicitária...

"Um dia, o mais provável é tornares-te um chato, deixares de sair à noite e levar-te demasiado a sério. Nesse dia, vais começar a vestir cinzento e bege, pedir para baixar o volume da música e deixar a tua guitarra a apanhar pó. Vais tornar-te politicamente correcto, socialmente evoluído, economicamente consciente. Vais achar que tens de ir para onde toda a gente vai e assumir que tens de usar fato e gravata todos os dias. Nesse dia, vais deixar de beijar em público, as tuas viagens serão mais vezes no sofá e dormirás menos vezes ao relento. É oficial. Vais entrar na idade do chinelo e deixar de ser quem foste até então. Vais deixar de te sentar ao colo dos amigos e vais esquecer-te como se faz um quantos-queres ou um barco de papel. Vais ficar nervosinho se não trocares de carro de quatro em quatro anos e desatinar se o hotel onde estiveres não te der toalhas para o teu macio e hidratado rosto. Vais tornar-te muito crescido e começar a preocupar-te com tudo e com nada e a não fazer nada porque "vai-se andando" e a vida é mesmo assim. Vais dizer não mais vezes, vais ter mais medo, vais achar que não podes, que não deves, que tens vergonha.
Vais ser mais triste. (...)
Aqui fica uma ideia: quando esse dia chegar, não lhe fales."



terça-feira, 19 de outubro de 2010

#200

Nos entretantos, aqui o cantinho já ultrapassou a marca dos dois anos. Melhor ou pior, foi algo que tentei estimar e manter com algum carinho, mesmo quando não me apeteceu. Houve meses em que isto serviu de montra pessoal, para colmatar a distância a que estava do meu próprio mundo; na maioria das vezes, serviu apenas para colar alguns textos e meia dúzia de desabafos. Mas a decisão de abrir o estaminé veio numa altura boa, em que passei a escrever quando estava feliz, e não para exorcizar o que me ficava por dizer. (Usar bem as palavras no papel nunca foi sinónimo de as usar bem com a voz.) Era a primeira vez que me acontecia isso. E fazia sentido.

Dois anos, um mês e dez dias depois do início, a retrospectiva é inevitável. Muitas das certezas que fui construindo ficaram pelo caminho, mas outras mantiveram-se. Tropecei muitas vezes nos meus próprios erros, mas dediquei-me de coração a (quase) tudo o que me propus. E agora que há dias em que o sorriso custa a nascer, aparece sempre alguém que ainda o sabe desenhar na minha cara. Os alicerces de outros tempos mantêm-se intactos, mesmo que parte do meu universo tenha desabado. Mas, ao ducentésimo post, parece que já existe a consciência de que há aqui um retrato da minha pessoa. Incompleto, sim. Mas, como alguém me disse um dia, somos as narrativas que construímos - seja de nós para os outros, ou mesmo de nós para nós. O que importa é a história que imprimimos na vida de quem está ao nosso lado. E a maneira como o fazemos, claro. Há gostos para tudo: os que lêem só um capítulo (ou nem isso), os que lêem o livro apenas uma vez para depois o arrumarem na prateleira como prova do esforço heróico que fizeram para chegar ao fim, e os que guardam o livro em cima da mesa de cabeceira para que o possam ler sempre que quiserem. Os finais felizes, esses, dependem unicamente de quem nos interpreta.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Faz de conta

Faz de conta que é tudo perfeito. Que os amigos serão sempre amigos e estão lá sempre para nós. Faz de conta que os amigos mais antigos são sempre os que nos apoiam mais e nos retribuem tudo o que demos por eles. Faz de conta que ninguém nos aldraba. Faz de conta que quando nos magoam a sério, deixamos de gostar da pessoa. Faz de conta que não se partilharam conversas nem segredos e que tudo o que se construiu foi apenas uma ilusão. Faz de conta que se pode perdoar tudo. Faz de conta que a mentira não dói.

Faz de conta...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Canção #12

Pode ser difícil, mas é tão bom,
Quando se consegue afinar num tom..
Quando tudo rola, sabe tão bem...
Quando estás em sintonia com alguém...

Sei como é difícil compartilhar a vida com quem não quer compartimentar a sua
Não quero desmantelar a tua..
Entende que só posso acreditar na minha fé,
que é mesmo esta a minha missão:
sacrifício e total absolvição de pecados cometidos para com a união,
talvez sejam alguns, mas, juro, não é traição.
É complicado manter na relação um estado de equilíbrio estabilizado,
quando crio estou fechado em mim próprio,
gravo no estúdio enclausurado
e quando toco vou para fora só me vês um dia passado.
Chego vazio física e mentalmente
dou tudo no palco (não consigo ser diferente)
chego cansado de falar com tanta gente
Sou bicho de buraco, sabes o que o teu homem sente...

Pode ser difícil, mas é tão bom,
Quando se consegue afinar num tom..
Quando tudo rola, sabe tão bem...
Quando estás em sintonia com alguém...

É verdade o que me dizes: tenho uma existência dupla entre ti e a música,
mas ouve – Tu é que és a Musa!
Apaixonei-me há muito tempo por esta arte,
mas praticá-la não seria o mesmo sem ti para apreciar-me.
Sinceramente, eu próprio não sei se aturaria alguém com a minha sina,
não sei se aguentaria,
sei bem quem escolhi, sei bem como és especial.
Quanto a mim, fui escolhido pela vida musical.

Pois é, já sei, outra vez a mesma história:
tu chegas, eu saio,
às vezes é um problema, quando o tempo que temos nunca chega,
mas aquilo que partilhamos é tão bom que compensa tudo.
Tudo faço pelo teu sorriso
não quero só vê-lo por acaso.
Quero que saibas que sempre que digo que continuo do teu lado é porque o sinto.

Assim mesmo, e sou sincero,
foi difícil chegar até este entendimento..
Tivemos mais do que uma fase complicada,
porque quando precisas de mim por casa
ando pela estrada
ou a trabalhar uma música no estúdio e num ensaio a noite toda...
Ainda bem que me aceitas desta forma,
ainda bem que te tenho nesta jornada.

E o contrário também acontece, sem dúvida,
quando a tua vida profissional te mantém ocupada
és alguém que em qualquer momento tudo ultrapassaria
e gostaria da tua companhia durante o dia..
E sei que é possível,
ainda mais agradável,
um futuro estável mas com um número razoável de novos desafios pela frente, claro
com a pessoa correspondente – eu junto.

Mind Da Gap - Sintonia



Setembro

Setembro costumava ser o mês dos recomeços. As aulas começavam e era encher a mochila de cadernos e canetas novas. Salvo um ou outro ano, os amigos mantinham-se, mas havia sempre algo excitante por saber que era um novo começo. Este ano, pela primeira vez em muitos, não tenho aulas. Não estou a recomeçar, estou mesmo a começar. Trabalhei mais de 9 meses sem receber, mas este mês pode ser que isso mude. Tem mudado. Devagar, devagarinho, vou dando passos de gigante lá fora. Uma rádio, uma revista, uma proposta. Eu a conduzir pelas ruas de Lisboa. Saio de casa de manhã e só chego de noite. Saio de noite e chego de madrugada. Reencontro amigos e moradas. Volto a beber e a perder a vergonha. Conheço novas pessoas, desenho amizades e alargo horizontes. Tenho orgulho no que tenho conseguido, sei que tenho sido grande.

Setembro costumava ser o mês da incerteza e manteve-se assim. Confusões que se tornam novelas e devia ser tudo tão simples.

Tu tomas as tuas decisões, eu tomo as minhas. Não há recomeços, quando ficou 10% do nosso tempo para trás. Mas talvez desse para tentar de novo. Aprender com os erros e fazer melhor. Estudei mais do que em toda a minha vida, mas chumbei redondamente. Quero ir a exame. Agora não, que quero estar sozinho. Não mesmo? Não sei, mas não quero falar sobre isso agora. Amores pendurados em estendais que insistem em não partir - mais valia que se partissem logo. E a banda sonora que me martela os sonhos. O teu sorriso que se esbarronda na minha cabeça. Sim, tenho a certeza que te fiz feliz. Tenho a certeza que fui feliz contigo. Se calhar fui só um erro que durou um pouco mais que o costume. Vamos fingir que nada aconteceu. Já me habituei a não te ter nos meus dias, mas lembro-me que dantes os dias eram mais bonitos por poder partilhá-los contigo. Inspirar. Expirar. Suspirar. Transpirar. Agora que foste embora, só existem verbos cheios de ar – o ar, que não se vê, é perito em preencher vazios. Antigamente, esquecia os velhos amores com novos, mas parece que estou mais crescida. Mamã, quando duas pessoas se amam ficam juntas e vivem felizes para sempre? Hoje em dia, já não existe para sempre, meu filho. Não consigo viver contigo assim, mas não sei viver sem ti. Tenho medo que destrambelhes tudo de novo. Estou "bem" assim, mesmo que seja só a fingir. Tenho a certeza que sentes a minha falta. Amo-te mesmo que não te saiba dizer, mas há dias em que não suporto a tua presença porque me fazes sentir demasiado e ainda está tudo muito fresco. Não te posso dizer que sim, mas não te consigo dizer que não.

Não gosto muito desta novela, posso mudar de canal? O comando está sem pilhas e não temos mais em casa. Lamento, mas vais ter de ficar aqui mais um bocadinho. Vai acabar bem, não vai? Não sei. Mas ainda ninguém morreu de amor.

Em Setembro, ardem os montes, secam-se as fontes.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cadernos antigos

Tinha a mania de escrever as coisas que não te conseguia dizer e, quando mudei de casa, fiz questão de lá de deixar os cadernos antigos para não tropeçar nas verdades da altura. Mas sabia que, mais cedo ou mais tarde, ia ter de empacotar tudo. Enfiar as palavras que não te soube dizer dentro de uma caixa e trazê-las para onde moro. As datas assinadas estão cheias de pó, mas há verdades que se mantêm intactas. Passado e presente. E um futuro que vai ter de ser diferente do que se quis. O pior não foi ler o que escrevi. Foi lembrar o que deixaste.

Semana de incertezas e de resoluções. O relógio não pára. E eu, às vezes, também não.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Amor Planeta Agostini

Em Setembro vende-se quase tudo em fascículos. O primeiro número da colecção chega sempre a um preço especial e a tentação de o levarmos para casa torna-se quase irresistível. Depois, há a satisfação consumista de trazer uma coisa nova para casa todas as semanas. Mas a certa altura aborrece ter de sair de casa para completar a colecção. A solução? Assinatura: três cheques pré-datados e recebemo-la pelo correio, juntamente com todos os kits especiais - os dossiers, as capinhas, o expositor. Até à última encomenda.
Há dias em que tenho a certeza que o amor é da Planeta Agostini. Quando chega, dá vontade de desembrulhar, de ir até à loja e pedir à senhora em tom de orgulho o fascículo daquela semana. Mas depois a rotina cansa e às vezes nem uma assinatura é suficiente para querer acabar a colecção. Afinal, não basta uma prateleira bonita no meio da estante. E às vezes fica a dúvida se é preferível deixar tudo a meio e cancelar os cheques ou esperar que chegue ao fim.

O amor está avariado.

Não há mal que sempre dure, nem bem quem nunca acabe.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Naqueles dias...

Sentou-se a olhar para as paredes vestidas de papel de lustro e cartolina ao lado dela, só porque ela gostava de ficar ali, especada, a olhar para as cores garridas. E conversaram sobre um mundo inteiro de coisas sobre as quais nunca tinham trocado qualquer tipo de som. As mãos mantiveram-se agarradas uma à outra, por entre as brincadeiras dos dedos.
Decidiram subir a rua a pé, como se os quilómetros de estrada fossem milímetros debaixo dos seus pés. Pelo caminho, ficou a vontade de comer um gelado. “É de chocolate, por favor.” Moedas em cima do balcão, colher de plástico dentro do copo. Ela escolhe a mesa do fundo, ao pé da janela, para conseguir ver o que continua do lado de lá do vidro, mesmo que a rua esteja em obras. “Toma.”
“Obrigada.” Sorriu. “Ainda bem que pediste de chocolate, que eu não gosto do de caramelo.” Tão ingénua!... Tão ingénua que não acreditava na doçura da partilha premeditada de um gelado. E ficou assim, feita criança derretida no meio da gulodice, a olhar alternadamente para ele e para o gelado, até ter a certeza do que já sabia de cor.
Naqueles dias, os sonhos pareciam realmente mais perto. E, de repente, ter um cão não lhe parecia descabido. Quem sabe dois ou três. A quantidade suficiente de bichos para que ele fosse feliz.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Manifesto Anti-Determinista

Não acredito em Deus. Não acredito em metafísicas para lá do que a ciência nos explica. A vida ensinou-me a saber que nada cai do céu. Não há cá destino. E não, também não há milagres. Mas existem as pessoas e o que elas sentem. Existe a vontade de ser mais e maior. De dar um mundo inteiro a alguém só porque gostamos dela com verbos mais fortes. Nesta vida, não aceito determinismos - "o que tiver de ser será". Não. Porque as coisas só são quando fazemos por isso. Quando deixamos o orgulho em casa, e vamos à luta mesmo já quase sem nada por que lutar.

Limpou as lágrimas e levantou a cabeça. Desta vez não o ia deixar fugir. Chamava-se Amor.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Canção #11

"É de loucos o que sinto por ti
sinto falta de ti!
Desejava tanto que 'tivesses aqui
e me desses o devido valor
porque acredito que a vida não é nada sem amor...
Não, sei que não sou perfeito
nem nada que se pareça mas eu respeito
o que vai na tua cabeça...
que te gramo, que te adoro, que te amo
que te quero, que te venero, que te sinto, que te espero!
Não me deixes mais nesta posição,
nada é em vão tudo tem a sua explicação
e eu sei a minha,
quando te vejo, falo, toco:
arrepio na espinha....
E agora vai ser tudo de bom..
Quero ver a tua cara quando ouvires este som...
Ah! E vou tentar ser mais coração mole
e ligar-te para irmos ver o pôr do sol...

E o amor é rápido
Sádico
Às vezes é trágico
Mágico

É mágico..."

Expensive Soul - O Amor é Mágico



domingo, 20 de junho de 2010

Desta vez...

Não vale a pena seguir caminhos que não nos pertencem. Quando chegaste, havia espaço para os dois. Mas a nossa estrada ficou estreitinha e agora temos de nos apertar demasiado para cabermos lá ao mesmo tempo. Relembro os erros de antigamente um por um, e escorrego devagarinho para a frente. Desta vez, não vai ficar nada por dizer, por fazer, por sentir. Desta vez, vou conseguir engolir o orgulho e os amuos e vou correr. Desta vez, não me vou arrepender no fim.

Quando um não quer, dois não dançam. Nós estamos parados no meio da pista há já quase demasiado tempo. Provavelmente, só nos esquecemos da coreografia. Mas o espectáculo assim não pode continuar.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tropeções...

Cansada. Ligeiramente desmotivada por entre recortes de sonhos que vão ficar pelo caminho (mesmo que seja só por agora). O meu telemóvel tira fotografias bonitas e sou eu que carrego no botão. Ainda ouço música boa, mas começo a ter demasiados guilty pleasures. Ainda gosto de ti, mas tu não queres nada comigo. Recomeçar a demanda de enviar currículos para todo o lado. Quero um ordenado. Quero uma casa só para mim. Uma hora e meia para chegar a casa. O barco partiu. Duas horas para chegar a casa. Sossego. Quero um fim-de-semana só para nós. Lembras-te das coisas simples da vida? É só isso: miminhos. Puntz puntz puntz. MP3 sem bateria e sem espaço para o que quero ouvir hoje. Não sei o que quero ouvir hoje. Estúdio, microfone, rádio. A minha voz a sair de uma coluna qualquer. Hoje não, nem amanhã, nem sequer depois de amanhã. Está quase a acabar. Ainda falta tanto, ainda nem sequer comecei. Estou a ficar pelo caminho sem dar conta. É preciso dar mais, é preciso dar mais, é preciso dar mais. Sempre mais, mesmo que já não exista mais nada para dar. Já falta pouco para acabar. Recomeçar do zero. Inteligência, trabalho, vontade. O amor pelo que sabemos ser nosso não se perde, mas ficou algures lá para trás. Já posso chorar? É só um bocadinho. No fim levanto-me e vou-me embora. Prometo.



sábado, 8 de maio de 2010

Instrumentais

Costumava usar letras de músicas para te ir dizendo o que sentia, mesmo tendo jeito com as palavras. As aspas aligeiravam sempre a questão. Era uma maneira fácil de me desculpar pelo facto de tudo parecer tão exacerbado - as palavras não são minhas, meu amor. Mas mesmo assim tu nunca respondias e eu comecei a acumular livros de canções em casa. Um dia cansei-me. E passei a ouvir só instrumentais.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Promessas

O Pai escolheu a música que se ouve hoje. Um senhor de voz grave recita fados de outros tempos, daqueles em que a juventude não era apenas uma palavra que ele gostava que lhe assentasse bem. Sabe que a Mãe se derrete com as palavras que ali se vão cantando, e com a guitarra portuguesa que serve para que os miúdos aprendam a amar a poesia. Ao fim de tantos anos, ainda há a vontade de a agradar, a vontade de a fazer sorrir e suspirar e de a saber feliz porque ainda estão juntos. A verdade é que, quando os filhos chegaram, também chegou o medo de que a vida se tornasse só dos mais novos, que o amor que sempre fora de um e de outro deixasse de existir pelo amor aos pequenos. Havia sempre uma certa dose de ingenuidade naquela construção familiar, que a Mãe nunca acreditava ser possível amar o mundo inteiro ao mesmo tempo, mesmo sabendo que era ela quem mais pessoas amava. E essa ingenuidade possessiva que lhe polvilhava os dias cultivava-se através da carência afectiva que a caracterizava e que toda a gente teimava em querer colmatar. Nunca se percebeu se era essa a atitude mais sensata de ser tomada, mas havia sempre uma necessidade de fazer com que ela se sentisse amada - incondicionalmente. Por isso é que era tão importante dar-lhe a mão a cada minuto que passava ao seu lado, que havia sempre aquela ideia de que um dia ele podia partir.
Ele nunca partiu. Prometeu que ia ficar com ela para sempre e queria cumprir a promessa. Fazia parte dos objectivos de vida, juntamente com a educação dos pequenos. Queria fazer parte daquela família perfeita que se tinha desfeito algures pelo caminho, construí-la de volta com as suas próprias mãos e partilhá-la com aquela pessoa, como convém. Encontrou-a nas férias, numa praia qualquer. E ela estava lá desde sempre, quase como se estivesse à espera que fossem suficientemente crescidos para se entregarem assim. No dia em que se tornaram realmente novidades na vida um do outro, não houve nada que mudasse realmente. O que os tornou tão apaixonados e eternos foi a rotina que foram edificando, de forma descontinuada, em contra-tempo, quase como se fosse reggae (ou jazz, que o único reggae que ela gosta é na verdade dub). Os chocolates, os bolos e os gelados que foram comendo ao longo dos anos, para que o açúcar se entranhasse na personalidade de cada um.

sábado, 27 de março de 2010

Saudade...

"Mais do que a ideia,
Gosto de deixar fluir...
Mais do que sentir,
Gosto da palavra,
E a forma como se entrelaça com um sentimento de pertença,
Convidando o tempo para uma dança...
Gosto como a música nos leva para longe sem sair do lugar,
E sentir que se eleva, lá do alto onde os vejo,
Conhecem a distância que nos separa,
E quanto pesa o desejo de voltar, de saudadiar...
Quero tocar onde dizes que dói,
Preciso de descobrir, essa saudade que torce e mói,
Alimenta ou nos destrói..."

Kalaf Ângelo in "Saudade", Macacos do Chinês



sexta-feira, 26 de março de 2010

Imagina um comboio...

Sento-me sempre do lado da janela no barco, mas não é que olhe lá para fora assim tanto quanto isso. Quando não estás, a contemplação traz consigo o terror das lágrimas. Que o mais difícil de suportar na tua ausência é o ter de guardar tudo para mim. Por isso hoje nem fiquei chateada pelo facto de metade das luzes da Ponte 25 de Abril estarem desligadas. Assim ao menos não há a tentação de sorrir, muito embora o sorriso nunca chegue a aparecer efectivamente. Apesar de ter posto o coração em stand-by enquanto espero por ti, a minha vida continuou quase como se nada fosse. Imagina um comboio - uma locomotiva que puxa um vagão, que vem sempre tão lá atrás que nem parece fazer parte do comboio. É aí que vive o meu coração. Dormente. A bater devagarinho... Para ver se nada muda demasiado durante este espaço de tempo em que não me queres ver. Nem mesmo o meu lugar à janela.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cheiros

Era capaz de jurar que tinha tropeçado em ti quando entrei no metro, só pelo perfume. A quantidade exagerada fez-me rever a ilusão. A verdade é que há sempre qualquer coisa de ti no cheiro que invade Lisboa seja em que dia for. Porque já te cheirei em todas as estações do ano. E agora que o inverno tarda em acabar (já te disse que hoje, apesar da chuva, acordei com os passarinhos a cantar debaixo da minha janela?), apetece-me respirar-te enquanto me perco pela cidade. Quando chegar aquele aroma de verão transpirado, quero cheirar-te de novo.

terça-feira, 2 de março de 2010

Canção #10


«Era tudo quando ela me dizia,
“benvindo a casa”, numa voz bem calma
Acabado de entrar, pensava como reconforta a alma
Nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado
E de repente era assim, do nada, como um ser iluminado -
Tudo fazia sentido, respirar fazia sentido,
Andar fazia sentido, todo o pequeno pormenor em pensamento perdido
Era isto que realmente importava,
Não qualquer outro tipo de gratificação
Não o que se ganha,
Não o que dizem de nós não, não, não
Um novo carro, uma boa poupança,
Nem sequer a família, ou a tal aliança - nada…
Apenas duas palavras e um artigo,
Formavam a resposta universal
A minha pedra filosofal
Seguia para dentro do nosso pequeno universo
Um pouco disperso - pronto disponível para ser submerso
Naquele mar de temperatura amena que a minha pequena
Abria para mim, sempre tranquila e serena

Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Como queremos nós ter um sorriso maior

"Bem-vindo a casa" dizia quando saia de dentro dela
Bonito paradoxo inventado por aquela dama bela
Em dias que o tempo parou, gravou, dançou,
Não tou capaz de ir atrás, mas vou
Porque sou trapalhão, perdi a chave, nem sei o meu caminho
Nestes dias difusos em que ando sozinho definho
À procura de uma casa nova do caixão até a cova
O percurso é duro em toda a linha, sempre à prova

Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Como queremos nós ter um sorriso maior

Por isso escrevo na esperança que ela ouça o meu pedido
De desculpas
De socorro
De abrigo
Não consigo
Ver uma razão para continuar a viver sem a felicidade a meu lar
Na minha casa, doce casa, já ouviram falar?
É o refúgio de uma mulher que deus ousou criar
Com o simples e unico propósito de me abrigar
Não vejo a hora de voltar lá para dentro, faz frio cá fora
Faz tanto frio cá fora que eu já não vejo a hora…

O calor é um alimento que eu preciso
O amor é apenas um constante aviso
Se sabes que eu não vivo dessa forma
Tu sabes que eu não sinto dessa forma

Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Como queremos nós ter um sorriso maior...»


Da Weasel - Casa (Vem Fazer de Conta)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Silêncio...

Há uma eloquência espremida nos teus dias. Podes estar inconsciente, mas o que interessa é somente falar bem. Enfiar a sílaba certa no momento exacto e desenhar universos de perfeição só com letras. Camarões, bacalhau à brás, um copo de vinho de cada lado da mesa, gelatina. Verbos e adjectivos que nunca chegam para o que se quer dizer. São os mesmos que já não sussurras, porque nunca têm a par para dançar. As palavras são como as pessoas, precisam sempre de companhia. E alguém tem de apanhar os baldes de ternura que se entornam por aqui todos os dias. Desculpa. Eu sei que tens as mãos demasiado pequenas para apanhares tudo sozinha. Mas não posso ser eu a ficar com isso tudo.

Pode ser que um dia eu te apareça sem que me peças. E te devolva todas as palavras que me deste e que eu não te soube dizer de volta. Hoje não. Não vale a pena ter trabalho se podemos não o ter. E eu sei que vens sempre ter comigo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Rebel Music Volume 5 - A little bit of self-promotion

Pois bem, já está disponível aqui a colectânea de netaudio que fiz para o Bit Rebels, a convite do Fernando Fonseca. Apesar de não ser propriamente a primeira vez que aceito fazer uma coisa destes género (clicar aqui para experiências anteriores), a verdade é que é sempre um agradável desafio escolher as músicas que quero ver cá fora. Desta vez o pedido envolvia 10 músicas. E, tirando a segunda faixa, posso dizer que o amor não é de hoje.


Sobre o Bit Rebels, alguns dados de relevo (Novembro de 2009):

Data de Lançamento: 9 de Junho, 2009
Colaboradores: 14 (12 activos + 2 convidados)
Número de artigos: 1,108
Número de Comentários: 5,087
Número de Categorias: 10
Número de tags usadas: 2,644
Page Views: 2,833,751
Visitantes únicos: 1,326,884


Um orgulho, portanto.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Faz o teu programa de autor na Rádio Zero


A Rádio Zero chama a si maquetes de programas para a nova grelha de programação, onde os únicos limites são os que impuseres a ti mesmo. Venham fazer o vosso programa e ajudem a montar ESTE puzzle. Qualquer ideia é válida, qualquer programa pode ser feito.

A Rádio Zero é uma rádio baseada em Lisboa, com emissão via web e é uma das fundadoras da rede internacional de rádios RADIA. Tem como objectivos divulgar e promover a exploração do suporte rádio enquanto conteúdo, forma e/ou tecnologia, privilegiando abordagens não ortodoxas e de autor.

Valorizamos o experimentalismo, a originalidade e, acima de tudo, o livre pensamento!

Esta é a oportunidade para o teu programa de rádio ser um mero exercício mental e passar a ser realidade.

Estamos à espera da(s) tua(s) propostas até dia 1 de Março. Envia-as para programacao@radiozero.pt

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Escova de Dentes e Chinelos

Há qualquer coisa de extraordinariamente doce em saber que escolhi a escova de dentes vermelha por saber que ficarias orgulhoso - "Quero a vermelha, porque sou do Benfica!"

E lembrei-me da minha escova de dentes arrumada no copo ao lado da tua. E soube bem. Um dia volto a deixar os chinelos e as pantufas em tua casa de novo, para que saiba ainda melhor.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Reticências...



Voltei a sonhar contigo esta noite. E, quando acordei, lembrei-me de tudo o que ficou por dizer. De todos os textos engavetados e dos sorrisos que ficaram retidos na alfândega. Revi todas as promessas que nunca incluíam o verbo prometer, antes de esfregar os olhos, para que ainda fosse tudo desfocado. Nos entretantos que foram ficando pelo caminho, deixou de existir o pronome pessoal da primeira pessoa do plural. Voltou tudo a ser singular, como o IRS, e o chão ficou cheio de impressos por preencher. Acho que nos perdemos na burocracia do nosso amor. E agora, mesmo de óculos já postos, o futuro é só reticências e pontos de interrogação.

"Não quero nem saber o que trazes vestido
podes nem vir a condizer,
que eu ligo bem contigo...

Quero ficar sentado a ver-te rir,
sem nada marcado,
nem pressa p'ra fugir...

Quando eu digo que gosto de ti, é pouco!
Quando eu digo que és bonita,
tu dizes que eu sou louco...

Não foi o mundo que enlouqueceu, o que tu queres sou eu...

Diz-me qualquer coisa ao ouvido:
que estás apaixonada e que queres ficar comigo!..
Eu quero ver-te sem ter motivo,
p'ra simplesmente dizer que quero estar contigo...

Canta-me uma canção qualquer
p'ra dançarmos os dois...
E o que vem depois
é de cada um..."

João Só e Os Abandonados - Canção de Isqueiro

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ascendente

11 de Janeiro, 17h38

Signo: Capricórnio
Ascendente: Caranguejo

"A nível afectivo, a pessoa que nasceu com este ascendente é muito emotiva e sensível ao extremo. O coração comanda a sua vida e o seu estado emocional decide tudo o resto. Se se sente amado e querido, e está feliz com as suas emoções, tudo correrá bem: o trabalho, a vida social, o relacionamento com os que o rodeiam. Se, por outro lado, alguma coisa o angustia, a tristeza que sente não o deixará pensar em mais nada com lucidez. Para si nada no mundo é mais importante que o seu lar, a terra natal, os amigos de infância e aqueles que ama. Quem não o conhece verdadeiramente, não compreende por vezes as suas reacções, que parecem inesperadas. Mas a verdade é simples: o que lhe fala ao coração tem primazia sobre o resto. Profissionalmente, a escolha da sua profissão será certamente influenciada pelo seu lado mais sonhador. Muitas vezes pode constituir sociedades com familiares. Não gosta de se integrar em profissoes que exijam muita competição. Normalmente, optará por profissões onde a sua actuação seja em grande parte passiva. Não gosta de mandar nos outros, nem de assumir cargos de responsabilidade. Precisa de desenvolver a auto-confiança, não deverá ter medo de confiar em si próprio."

As tontices que o horóscopo nos diz, não é?...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sundaes...


O meu mundo parou quando deixaste de pedir sundae de chocolate, só porque eu não gosto de caramelo...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Alívio

Pré-Aviso

Amanhã é um daqueles dias que sei que não me vou esquecer, independentemente de como corra. Além dos 21 Invernos que vou celebrar (com este tempo, ninguém se lembra da Primavera, como é óbvio), começo um estágio de 6 meses numa das rádios mais ouvidas deste país. Há uma certa alegria masoquista em saber que me vou passar a levantar às 5h25 da manhã, todos os dias, nos próximos 6 meses. Mas, como sempre, há sempre qualquer coisa que me muda os planos que desenhei religiosamente:

Sabe que mais Dona CP? Eu não compreendo o porquê de me causar estes incómodos, quando estou a tentar inaugurar uma vida nova, por isso escusa de agradecer.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Tenho sono, tenho frio e tenho aulas daqui a 1h30m. Se a escola fosse ali na minha sala, é que era.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Festival de Netaudio em Lisboa? - SIM!


No âmbito do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa, está em votação uma proposta para a realização de um Festival de Netaudio em Lisboa, com a duração de uma semana, pensado à semelhança de outros que já ocorrem em Berlim, Londres, Moscovo e Barcelona – com concertos, worhshops e debates. A proposta foi analisada pela autarquia e orçamentada em €50.000.
No entanto, e caso não saibam como funcionam estes Orçamentos Participativos Municipais, para seguir em frente com a proposta, é preciso reunir o apoio generalizado da população, pois só as mais votados serão efectivamente levadas avante.
Com isto tudo, está bom de ver que é necessário o apoio de todos para vermos, finalmente, em Lisboa e em Portugal, um grande Festival Netaudio.
Inscrevam-se e votem aqui – não é obrigatório morar em Lisboa.

género: Festival de Netaudio de Lisboa