terça-feira, 24 de julho de 2012

#14

Dizem que a história se repete. Os refrões e os poemas feitos hinos pessoais também. Os loops do gosto e do desgosto nunca deixam de tocar lá ao fundo. No meio dos discos oferecidos e das estrofes dedicadas, atafulham-se ilusões de outros tempos. As luzes lá fora brilham baixinho, como o volume do baixo que tropeça nos sacos espalhados pelo chão. A lengalenga continua, como se versos antigos recuperassem paixões modernas. Os LED vermelhos do despertador marcam a hora certa. Tique, taque, tique, taque, tique, taque. O amor é uma bomba-relógio e alguém cortou o fio errado.

Fotografia licenciada em Creative Commons por Kevin Dooley

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